Estudos da NASA identificaram a ocorrência de um eclipse lunar em 33 d.C., que seria o ano da crucificação de Jesus?
Muitas notícias em jornais, blogs e postagens em redes sociais do mundo inteiro divulgaram que a NASA confirmou a ocorrência de um eclipse lunar em 33 d.C., no qual a lua adquire um aspecto avermelhado.
A missão desta matéria é juntar as peças e informações incompletas que circularam em vídeos e reportagens ao redor do mundo, muitas vezes sem fontes completas.
A repercussão aconteceu porque 33 d.C. foi o ano da crucificação de Jesus. O relato da Bíblia não é de um eclipse lunar, mas como se fosse um eclipse solar, pois indica escuridão do meio-dia até as três da tarde (Marcos 15:33; Lucas 23:44; Mateus 27:45-54).
Fomos então em busca de fontes, pois as notícias que lemos não apresentavam referência específica ou provas.
“Embora a maioria das tentativas de determinar datas de eventos históricos com base em eventos astronômicos possa ser problemática, esta é fácil!”
Os Evangelhos deixam claro que Jesus foi crucificado durante a Páscoa judaica, disse Consolmagno ao site, que sempre é celebrada durante a lua cheia na primavera. Mas é necessária uma lua nova para que ocorra um eclipse solar, tornando-a “exatamente a fase errada da lua”.
Dessa forma, entendemos que, pela lógica humana e como fenômeno natural, supostamente não houve um eclipse solar. Há interpretações diversas para a escuridão, como nuvens ou fenômeno sobrenatural.
Mas não poderia ser um eclipse lunar?
Essa foi a informação amplamente replicada por diversos sites nacionais e internacionais, afirmando que a NASA havia identificado um eclipse lunar em 3 de abril de 33 d.C., porém sem qualquer referência.
Porém, há relatos de estudiosos argumentando que o eclipse, apesar de ter ocorrido, pode não ter sido visto de Jerusalém.
Portanto, trata-se do registro de um eclipse que poderia dar o aspecto avermelhado à lua no ano da crucificação de Jesus, mas isso não é uma constatação definitiva da data em que ocorreu historicamente.
Nossa fé deve ser superior a tudo isso e devemos lembrar que o Deus em que cremos é o Deus do impossível e não precisa de sinais para provar Sua infinita presença.